Aos 16 anos, Priscila Fantin não tinha grandes pretensões quando entrou em Malhação. Era 1999 e a novela estava mudando, já que a trama deixava de ser ambientada em uma academia e passava a acontecer no colégio Múltipla Escolha. Na época, a atriz acreditava que, após passar por esse desafio, acabaria voltando para Belo Horizonte, onde cresceu. Fantin não contava, porém, com a popularidade da sua protagonista, a Tati, que disputava o amor de Rodrigo, personagem de Mário Frias, com Érica, papel de Samara Felippo. "Eu não imaginava nem a Malhação, muito menos o pós-Malhação. Achava que (depois da trama) ia parar", afirma ela para o Vídeo Show em comemoração dos 20 anos do folhetim.
"A Tati era incrível porque não era uma adolescente no padrão de beleza, sabe? Muitas meninas se identificavam de forma íntima com ela e toda aquela inocência e ingenuidade que a Tati tinha. Ganhei uma torcida sincera e fiel", relembra Priscila, que atribui o sucesso de Malhação à capacidade da novela de abordar questões sempre atuais da juventude: "Tem sempre esse frescor dos assuntos que estão em questão no dia a dia dos brasileiros. É a faixa etária dos questionamentos e Malhação ajuda a tatear as questões, e até tabus".
Retorno especial
Entre uma participação e outra, se passaram uma década e meia de grandes papéis na televisão. Priscila fez uma lutadora em As Filhas da Mãe (2001), foi Maria, protagonista na novela Esperança (2002), se destacou como a vilã Olga, em Chocolate com Pimenta(2003), e, em Alma Gêmea (2005), bateu recordes de audiência ao dar vida a Serena, filha de uma índia com um homem branco.
Teatro e cinema
O trabalho mais recente de Priscila na televisão foi em Boogie Oogie, como uma contadora que ajudava a desviar dinheiro da Vip Turismo. Versátil, a atriz fez trabalhos elogiados no cinema e no teatro, que estão nos seus planos para o futuro: "Quero produzir minhas peças de teatro, colher os frutos dos prêmios internacionais de cinema e articular sempre mais na TV".
Fonte: GSHOW