Romeo, o filho de 3 anos e meio de Priscila Fantin com o ator Renan Abreu, nunca a afastou por muito tempo do trabalho. O menino ainda “mamava no peito”, lembra ela, quando a atriz rodou o filme “Jogo de xadrez”, no qual viveu uma presidiária, e ainda atuou na peça “A entrevista”, em 2012. De volta agora à TV em “Boogie Oogie”, Priscila, que fez ainda uma participação de 20 capítulos em “Malhação” no ano passado, ficou, sim, um bom tempo longe das novelas — seu último folhetim inteiro foi “Tempos modernos”, de 2010.
— Eu não fiz uma novela inteira depois que o Romeo nasceu porque não me sentia preparada. É muita demanda. Hoje já estou pronta para isso. Somos grudados, mas ele está mais independente e eu mais independente dele.
Atriz que emendou um trabalho no outro desde que estreou em “Malhação”, em 1999, ela reconhece que tinha dificuldade em equilibrar a carreira e a vida pessoal. O que a deixou mal num determinado momento da vida.
— Muita gente confunde e acha que tive depressão depois de ter filho. Vivi um vazio, um buraco, mas foi em 2008, e não parei de trabalhar na época. Em 2009, que foi meu ano de cura, eu fiz a peça “A marca do Zorro” (ela e Renan se conheceram na peça, mas só começaram a namorar meses depois). De 2009 para cá eu me voltei mais para a parte pessoal. Se for colocar na balança, acabei ficando desfalcada, emocionalmente falando. Mas, nestes últimos tempos, encontrei meu marido, me mudei para uma casa (no Itanhangá), tive meu filho e, no trabalho, comecei a produzir coisas nas quais acreditava. Está tudo no lugar.
PÉS NA TERRA
A nova residência é uma casa projetada pelo arquiteto Zanine Caldas na década de 1970 — o lugar foi reformado, mas as características originais foram mantidas. Lá, Priscila cultiva uma horta e cria o buldogue inglês Chico, um gato e um jabuti.
— Estou vivendo uma vida bem normal e gosto disso. Em casa, gosto de mexer na terra, só ando descalça — diz ela, que não cozinha “por falta de paciência”: — Faço mexido mineiro, aquele prato que você junta tudo o que tem na geladeira e bota um temperinho. E adoro lavar louça.
Em cartaz com a peça “Sonhos de um sedutor”, de Woody Allen, no Teatro Tom Jobim, no Rio, Priscila começou a gravar “Boogie Oogie” dez dias depois de receber o convite para a trama das 18h. Sua personagem, Solange, a nova contadora da Vip Turismo, que ajuda a vilã Carlota (Giulia Gam) a disfarçar seus desvios financeiros na empresa, fica até o fim da novela, no dia 6 de março.
— Ela é uma mulher muito segura de si. Eu me inspirei um pouco no clima de “Breaking bad”. Na série, todos têm muita certeza. O ser humano pode fazer muitas coisas, boas e más — teoriza.
Com papéis importantes na carreira, como a Maria, de “Esperança” (2002), e a Serena, de “Alma gêmea” (2005), Priscila não se preocupa em fazer apenas a protagonista.
— É mais difícil interpretar a mocinha porque ela tem a obrigação de manter o fio condutor da trama e não pode dar um tilt. Mas hoje eu adoraria fazer uma, até pela dificuldade. No começo da carreira, fui pegando os personagens na intuição sem saber muito bem o que estava fazendo. Nestes últimos anos aprendi muito.
Fonte: OGlobo
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